Dia 15 de novembro, Tholl, Imagem e Sonho completou sete anos em cartaz, com 529 apresentações realizadas. Chegando perto da marca de um milhão de espectadores, Tholl esteve em mais de uma centena de cidades, conquistando públicos de nove estados brasileiros – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Pernambuco, Tocantins – e da capital federal. Consagrou-se nacionalmente após a exibição de cenas do espetáculo em rede nacional, através de diversas emissoras de televisão.
Tholl é uma mistura de cor, emoção, acrobacia e fantasia. Por onde passa, arrebata corações, ganha novos fãs e desperta, em especial nos jovens, o gosto pela arte circense. Em Tholl, Imagem e Sonho são utilizadas técnicas circenses, com o uso de uma roupagem moderna e arrojada. É chamado de novo circo e desde a estréia não parou mais. São 75 minutos de alegria e muita magia.
O elenco contava com 17 artistas. Em julho deste ano mais uma inovação: além de novos figurinos criados pelo diretor João Bachilli, foram inseridas cinco crianças (de oito a 11 anos) no espetáculo, que apresenta jovens revezando-se em técnicas circenses como equilíbrio em bola, acrobacia, tecido-aéreo, arco-aéreo, monociclos, pernas-de-pau, pirofagia, contorcionismo, equilibrismo, malabarismo, acrobacia de solo, lira e técnicas de clown. É um espetáculo onde a força da interpretação corporal, a luz, os figurinos e os efeitos especiais são capazes de transportar o público a um mundo de sonhos e fantasias.
Trajetória
Manifestando-se sobre o começo, Bachilli diz: “No começo tudo foi bastante difícil. Ensaiávamos Tholl diariamente, todos os dias da semana. Almoçávamos todos na minha casa ou em algum restaurante quando havia dinheiro”, lembra com carinho, revelando que “com o trabalho de animação começando a surgir, a gente abriu mão do cachê para comprar os apetrechos para o espetáculo. Aos poucos fomos comprando... E aí está o Tholl”.
Ele relata: “Faltava uma semana para a estréia e tivemos muita sorte, pois apareceu um trabalho grande de animação, entrou dinheiro e fizemos o primeiro espetáculo no Theatro Sete de Abril. Casa lotada, o que não foi um parâmetro, pois a maioria das pessoas era das nossas famílias e amigos”.
Com o tempo, o Tholl foi se profissionalizando. Amigos de longa data abraçaram a produção, pois o grupo não tinha tempo para isso. Dedicação somente aos ensaios. “Quando se faz tudo junto, não se consegue aprimorar”, comenta o diretor. Após a contratação da produção, o Grupo passou a investir mais em si, treinar mais ainda e o espetáculo chegou perto do que é hoje.
A Oficina Permanente de Técnicas Circenses - OPTC foi criada, de fato, em junho de 1987 e de direito em abril de 2004. O Grupo Tholl foi agregado como nome fantasia desde 2006 , quando a montagem de Tholl, Imagem e Sonho conquistou a crítica e arrebatou platéias de todas as idades.
A OPTC é precursora da nova arte circense no Estado segundo informações da Secretaria de Cultura do Estado do Rio Grande do Sul e conta, hoje, com 170 integrantes, entre elencos dos espetáculos, aprendizes adultos e crianças, grupos de teatro e de le parkour, banda, direção, produção, assessoria, técnicos, contra-regras, costureiras e sapateiros, entre outros.
Para o Grupo Tholl o foco principal que se prospecta é a excelência para novas montagens e o exercício da cidadania de cada um de seus integrantes em projetos de inclusão social e cunho cultural.